Horus Cargo: Seu Parceiro Ideal para Soluções de Logística Internacional
julho 14, 2024Armadores afirmam que infraestrutura do maior porto da América Latina não suporta demanda, gerando atrasos de navios.
Há pelo menos mais de um ano o Notícias Agrícolas vem acompanhando os desafios dos exportadores do Brasil com a falta de infraestrutura no Porto de Santos. Os dados mostram que diversos setores ainda encontram problemas e os atrasos nos navios continuam acontecendo.
O problema na logística global começou a trazer impactos ainda na Covid-19, se alastrou com os impasses geopolíticos e de acordo com lideranças, está longe de ser resolvido. Em Santos, maior porto da América Latina, os entraves com a infraestrutura trazem ainda mais desafios.
Buscando por soluções, multinacionais começam a buscar por outros portos para conseguir fazer a embarcação sem atrasos. Os gargalos afetam vários setores e mais recentemente a Cargill divulgou que testou, pela primeira vez, um embarque de algodão pelo Nordeste.
Fortaleza foi o destino escolhido e de acordo com a empresa, trata-se de um canal estratégico para volumes de 100 toneladas e para commodities cultivadas a mais de 800km. Quatro contêineres foram enviados para Ho Chi Minh, no Vietnã.
“Esse trabalho mostra a importância da logística estratégica para que o mundo consiga receber as commodities brasileiras no menor tempo possível. Esse foi apenas o primeiro embarque deste volume em Fortaleza, temos a perspectiva de novos envios em breve”, adianta Daniela Duarte, líder de Transportes Internacionais e Cabotagem da Cargill na América Latina.
De acordo com ela, essa projeção acompanha os números esperados da safra em estados como Piauí, Maranhão e Tocantins. Para o futuro, a companhia espera expandir a mesma logística para atender à crescente produção de algodão em outras regiões o Noroeste da Bahia, Piauí e Maranhão.
Rogério Barbosa, Diretor da Horus Cargo, que opera no Porto de Santos, afirma que o problema é de fato contínuo e que ao que tudo indica, deve se arrastar pelos próximos anos, até a construção de um novo terminal. Segundo ele, além de Fortaleza, Salvador também começa a entrar no radar dos exportadores.
“Com tudo isso acontecendo, no futuro os armadores não vão escolher uma rota que passe por mais de um porto, mas sim escolher apenas o mais prático, rápido. Santos não consegue atender mais o volume, não tem capacidade”, afirma.
De acordo com ele, o que chama atenção é que Salvador, por exemplo, não contava com essa linha operacional para Ásia, mas que abriu recentemente a possibilidade. “No curto prazo, os volumes podem ser baixos, mas o Porto de Santos está colapsando e no futuro teremos volumes expressivos”, acrescenta.
Em fevereiro deste ano, a Autoridade Portuária de Santos (APS)responsável pela infraestrutura pública do Porto de Santos, informou ao Notícias Agrícolas que no que “No cabe à responsabilidade pública do Porto, está sendo ampliada a capacidade, com estudos para o aprofundamento do canal para 17 metros. A previsão contida no plano estratégico da APS é atingir essa profundidade em 2030. Entretanto, a Autoridade Portuária está iniciando estudos para antecipar essa meta. E, com a concessão da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), haverá nos próximos cinco anos a ampliação da capacidade ferroviária, que diminui o tráfego rodoviário de graneis vegetais, abrindo espaço para os caminhões de contêineres, que tem tamanho menor e maior rotatividade”.
Por: Virgínia Alves | @imvirginiaalves
Fonte: Notícias Agrícolas